Eu, mestranda #3

>> segunda-feira, 5 de março de 2012

Última semana de férias da graduação da UnB, penúltima da pós, eu me despeço docemente de três meses de paz e descanso, certo?

Errado! Continuando a saga #Eu, mestranda (leia as partes um e dois), eu começo mais um semestre - que pode ser o último -  na vida de pós graduanda. Cumpri todos os créditos - 16, quatro matérias, e, a partir de agora, posso focar meus esforços para a escrita da dissertação. Metade dela já está pronta - escrevi no último ano, enquanto cumpria os créditos.

Então é só sentar, relaxar e escrever como se não houvesse amanhã! Eu já li todos os textos, fiz todas as disciplinas, fichei todos os livros. É só escrever. Só sentar e escrever. Escrever...

Pressão? Sem pressão! Escreve aí...

E aí vem o bloqueio criativo. Eu não quero escrever, não consigo nem abrir o word. Vou ver seriado, ficar no facebook, correr, lavar a louça, arrumar meu quarto - qualquer coisa - menos escrever. Tenho passado por isso nesses primeiros meses do ano, e já passei antes, no ano passado, a diferença é que agora não tenho pra onde correr. Não falta mais nada: só escrever.

É por isso que venho pro blog! Pra ver se essas trinta linhas que eu escrevo aqui dão um "start" dissertativo e o bloqueio passa. Vamos ver se funciona dessa vez.

No mais, eu estou muito feliz, animada, empolgada com a perspectiva de me tornar mestre ainda esse ano. É um título que eu sempre quis, e sempre quis conquistar cedo! E tem sido uma experiência que fez com que eu me conhecesse melhor - e crescesse. Tenho que enfrentar meus medos, bloqueios e ansiedades, e dar um jeito de lidar com eles, vencê-los! (e ainda houve boatos de que quem passa muito tempo estudando não tem experiência de vida) Na literatura, isso é ainda mais mentiroso: além da minha própria experiência de vida tenho a de Bentinho, Mme Bovary, Lucíola, Basílio, Brás Cubas, Ana Terra, Bibiana, Hamlet, Sancho Pança,  Virgília, Raskhonikóv e tantos, taaantos outros personagens que passaram por essas retinas já fatigadas! Cada um deles me ensina alguma coisa, sobre literatura, sim, mas, principalmente, sobre a vida (acho que é por isso que às vezes eu me sinto bem mais velha do que eu sou).


Mas o tempo de leitura, por enquanto, acabou. É tempo de escrever minha própria história - a dissertação é uma história que eu conto e que a banca precisa acreditar, rs. Essas vozes de tantos "outros", reais e fictícios, precisam passar pelo meu processo de escrita, tornando-se criação minha. Responsabilidade minha. Mérito meu. (e isso dá medo!) Minha esquizofrenia literária precisa virar um novo texto de 50 páginas! Mãos à obra!

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